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"Início de um novo caso!"
—Que se dane...
—Como eu pude...
—Ser tão descuidado?
—Em uma situação normal...
—Mas considerando que okino youko-chan está bem aqui...
—Na minha agência de detectives...
—Não tem como...
—Eu dizer...
"Uma agência de detetives mouri supostamente pacífica... Mas sob a superfície, um homem se encontra em apuros terríveis..."
—Oh, certo! Uma ligação!
—Se eu telefonar para ela, eu poderia pedir em silêncio sem precisar gritar...
—Não, espere, espere!
—Se eu não tiver cuidado, então quando eu telefonar...
—Hã? O quê?! Você quer que eu lhe leve papel higiênico porque você ficou sem?!
—Você pode falar mais alto?
—E... E se eu enviar uma mensagem?
—Huh? Uma mensagem do papai...
—O quê? Mas ele não foi ao banheiro?
—Aqui diz que ele está sem papel higiênico...
Neste momento, pouco sabia kogorou que...
—Isso não vai servir!
—Não há como isso acabar bem...
—Então, eu acho que minha única opção...
—É contar com aquele pirralho quatro olhos insolente...
Esta decisão se tornaria a chave para resolver um difícil caso.
—Você viu meus sanduíches de manteiga?
—Eu os coloquei na geladeira, mas...
—...se está falando destes...
—...este é o último.
—O quêê?! Você comeu todos eles?!
—Sim... Eu estava um bocado faminto, sabe...
—Não deveria ter comido?
—Você não deveria!
—A data de validade deles foi há dois dias!
—Eles já deveriam ter sido jogados fora!
—Eu realmente sinto muito!
—Bem, não se preocupe com isso!
—Dois dias não são nada demais!
—Hein?
—Normalmente ele grita e reclama...
—Além disso, sua mesa está arrumada...
—Espera, ele está até mesmo bem vestido?
—Não me diga que ele está tendo um caso...!
—Eu acho que provavelmente é por causa do cliente!
—O cliente?
—Porque o tio kogorou é um grande fã de...
—A pessoa que vem hoje, você sabe...
—Nós estávamos esperando por você!
—Okino youko-chan!
—Oi!
—Entre, entre! Sente-se!
—Ninguém mais veio com você?
—Não...
—Meu gerente me disse para não me envolver no caso mais do que eu já tinha, mas...
—Eu não podia deixar passar...
—É por isso que vim aqui em segredo hoje.
—Eu não costumo sair sozinha, então me perdi um pouco.
—Oh meu... É uma coisa boa atrás da outra...
—Hã?
—Quero dizer...
—Você certamente está tendo um infortúnio atrás do outro...
—Entendi... Então você, a atriz principal, foi junto a uma casa em karuizawa...
—Que será o local de filmagem de um drama televisivo?
—Sim...
—Eu estava com o produtor...
—Eu digo "local de filmagem"...
—Mas foi mais como escolher um entre alguns locais propostos...
—Então você poderia chamar de escolha de um melhor local...
—É o meu primeiro papel sinistro, então eu estava todo animada.
—Que tipo de papel é esse?
—Um fantasma que se instala em uma casa!
—E-entendi...
—Mas eu pensei que você tinha mencionado em uma entrevista que seu próximo papel seria de um detetive...
—O fantasma é um detetive!
—Há muito tempo, a senhora da casa foi morta e seu espírito aparece todas as noites.
—Em troca de resolver mistérios para aqueles que visitam a casa...
—Ela lhes pede que recuperem seus ossos dispersos, pedaço por pedaço.
—Eu nunca vou assistir isso!
—Mas tivemos dificuldade em encontrar uma casa adequada para essa história...
—Então o produtor, heijima wanya-san, deu uma sugestão...
—Conheço uma casa onde uma mulher casada desapareceu de verdade. Quer dar uma olhada?
—...foi o que ele disse.
—Heijima wanya (39 anos) produtor de tv
—de verdade?
—Isso dói...
—A verdade é que essa casa... É de propriedade da família em que a irmã mais velha de heijima-san se casou.
—E esta irmã foi a pessoa...
—Que desapareceu.
—Ohhh...
—Então eu fui para aquela casa com heijima-san.
—Era uma mansão...
—Com um ambiente tão sinistro...
—Que eu senti imediatamente que era o lugar perfeito.
—Era para ser uma viagem de um dia, mas...
—Eu queria olhar mais ao redor e acabei ficando durante a noite...
—S-sozinha com aquele produtor...!
—Não, não.
—Na época, estávamos na verdade com alguns outros que estavam de visita para o verão.
—Havia baba nukiyasu-san, o marido da irmã de heijima-san...
Baba nukiyasu (46 anos) filho mais velho da família baba
—baba fuugo-san, o irmão mais novo de nukiyasu-san...
Baba fuugo (44 anos) segundo filho da família baba
—e baba himi-san, a esposa de fuugo.
—foi com esses três que ficamos.
Baba himi (43 anos) esposa de fuugo
—De qualquer forma, fui para a cama depois do jantar.
—Quando estava dormindo por volta da meia-noite.
—Aquilo aconteceu.
—É sério, isso dói.
—Ouvi alguém gemendo...
—Seguido de passos pesados no corredor.
—Fiquei curiosa e verifiquei o corredor...
—Onde havia gotas de sangue no chão.
—O-o que foi, ran? Não nos assuste assim!
—M-mas...
—Ele apareceu, não foi?
—O fantasma da mulher desaparecida!
—Ah, não...
—O rastro de sangue terminou abruptamente...
—E não havia ninguém lá.
—Havia alguma porta ou escada por perto...
—Que pudessem ser usadas para sair?
—Não...
—Havia apenas a porta do banheiro.
—Claro, eu também acendi as luzes...
—E verifiquei a banheira, mas...
—Também não havia ninguém lá.
—Durante tudo isso, todos vieram até onde eu estava...
—Exceto o irmão mais velho, nukiyasu-san, que não estava em nenhum lugar a vista.
—Então nos separamos para procurá-lo!
—Bem, eu digo "nos separamos", mas como eu era a única que não estava ferida, nós fomos em duplas,
—então, os outros estavam todos feridos?
—Ah, é verdade. Esqueci de lhe dizer.
—Fuugo-san tinha deslocado o pulso esquerdo, então ele tinha um braço em uma tipoia...
—Himi-san estava em uma cadeira de rodas por causa de uma hérnia...
—E heijima-san estava de muletas, porque tinha torcido o tornozelo direito.
—Pensei que seria perigoso deixá-los ir sozinhos, caso houvesse alguém lá fora.
—Entendo... Então você foi procurar nukiyasu-san em duplas, é isso?
—Ah, mas quando estávamos prestes a procurá-lo...
—Ele mandou uma mensagem para o smartphone de fuugo-san...
—Esta foto incomum.
—J-
—jogando cartas...
—Uma configuração para pôquer ou blackjack ou algo assim?
—Mas há conjuntos que têm cartas idênticas, então...
—Provavelmente não?
—V-você está certo...
—E fuugo-san não sabia como interpretar isso ele mesmo?
—Isso mesmo.
—Eu pedi a ele para encaminhar a foto para meu smartphone também...
—Para que pudéssemos pensar nisso juntos enquanto procurávamos nukiyasu-san.
—No final, ninguém solucionou.
—Você tentou ligar ou enviar uma mensagem para nukiyasu-san?
—Sim... Fuugo-san tentou muitas vezes.
—Mas não importava quantas vezes ele ligasse, ia direto para o correio de voz...
—Você procurou fora da casa?
—Sim. Fuugo-san era o único que podia andar, por isso fomos procurar juntos.
—Também procuramos na floresta ao redor da casa, mas não conseguimos encontrá-lo.
—Heijima-san e eu não podíamos simplesmente ir para casa deixando as coisas assim...
—Então cancelamos nossos planos de trabalho a fim de continuar a busca.
—Na manhã do quarto dia de busca...
—Fuugo-san disse: "eu me lembro de quando éramos crianças...
—Eu jogava cartas com meu irmão no sótão..."
—Por que no sótão?
—Eles tinham pais rígidos que não compravam muitos brinquedos ou jogos.
—Ele mencionou que quando eles visitavam a casa, sempre se esgueiravam juntos para brincar no sótão.
—Então ele pensou que seu irmão poderia estar lá.
—Mas a escada para o sótão...
—Parecia estar trancada por dentro, por isso não conseguíamos puxá-la para baixo.
—E quando chamamos a polícia...
—Para entrar no sótão através da janela...
—E-espere um minuto!
—Quando você disse que eles quebraram a janela, isso significa que a janela estava trancada?
—Sim...
—Em outras palavras...
—Isto é...
—Quanto à besta, nós a encontramos perto da casa quando fomos procurar na floresta.
—Mas como é que o criminoso fechou nukiyasu-san dentro do sótão?
—E qual é o significado por trás da foto incomum que ele enviou para seu irmão mais novo?
—E de qualquer forma, se ele conseguiu enviar a foto, por que ele não avisou a polícia...?
—Nada disso faz sentido.
—Por favor, mouri-san!
—Por favor, solucione este mistério!
—Não consigo nem dormir com tudo isso na cabeça...
—Hmph.
—T-tem algo errado?
—Ah....
—N-n-não...
—Eu... Eu só preciso ir ao banheiro...
—Deve ser o sanduíche de mais cedo...
—Aquele assassinato em local fechado...
—Soou-me bem interessante...
Sem parar...!
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